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Mostrando postagens de agosto, 2017

Freud lê… Bartolomeu Campos Queirós: "Por parte de pai"

Desde que começamos este espaço temos falado de memórias, de sentimentos vivenciados a partir delas ou apesar delas. Hoje quero retomar a figura do avô presente em outra obra de Bartolomeu Campos Queirós, o avô paterno, por quem o menino-narrador tem tanta admiração e afeto. O avô da obra “ Por parte de pai” é quem ensina o narrador a registrar o mundo por meio da escrita. Era a partir das histórias escritas pelo avô que o menino ia relendo a vizinhança, os vizinhos, os pequenos e grandes acontecimentos que eram registrados pelo avô nas paredes da casa, tudo o que acontecia na pequena vila onde moravam, como uma necessidade de imobilizar a vida: "Usava todas as janelas da casa, apreciando os quatro cantos do mundo, sempre surpreso, descobrindo uma nova cor, um novo vento, uma nova lembrança. Havia tanto mundo para ver, dava até preguiça, diz ele. Uma coisa meu avô sabia fazer: olhar. Passava horas reparando o mundo. Às vezes encarava um ponto no vazio e só desgrudava q